EPI para trabalho em altura: 7 tipos essenciais

Escolher o EPI para trabalho em altura adequado vai além de uma necessidade; é uma responsabilidade para com a vida dos trabalhadores. Descubra quais são os 7 tipos de dispositivos de segurança mais importantes!

EPI para trabalho em altura
Imagem: Freepik

A recente notícia de um incidente chocante em Curitiba trouxe à tona a importância do uso de EPI para trabalho em altura. No dia 14 de março, na cidade de Curitiba, um homem de 41 anos foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná por tentativa de homicídio após cortar a corda de um trabalhador que limpava a fachada de um edifício. A história, que poderia ter sido uma tragédia, teve um final feliz para o trabalhador graças a um dispositivo de segurança que ele estava usando e que impediu a queda.

Esse caso extremo serve como um lembrete dos perigos diários enfrentados por profissionais que trabalham em altura e da importância de equipamentos de proteção adequados. Por isso, trouxemos um guia completo com os principais EPIs necessários para esse tipo de trabalho e a necessidade de conformidade com as normas de segurança, como a Norma Regulamentadora nº 35 (NR-35). Acompanhe!

O que são EPIs para trabalho em altura?

Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para trabalho em altura são dispositivos ou acessórios utilizados por profissionais que executam tarefas acima de dois metros de altura em relação ao nível inferior. Estes equipamentos são projetados para proteger os trabalhadores contra riscos que podem causar acidentes ou agravar lesões em caso de quedas ou outros tipos de incidentes.

Sua principal função dos assegurar a segurança física dos usuários, reduzir a exposição a perigos e minimizar as consequências de eventuais acidentes, como no caso ocorrido em Curitiba. Eles são tão importantes, pois o trabalho em altura envolve uma série de riscos específicos, como quedas de diferentes alturas, deslizamentos ou contato com elementos instáveis.

Por essa razão, a utilização adequada de EPIs é obrigatória conforme regulamentado pela Norma Regulamentadora nº 35 (NR-35), que estabelece os requisitos mínimos e medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução de forma a garantir a proteção dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com as atividades.

Principais tipos de EPI para trabalho em altura

Agora que você já tem dimensão da importância desses equipamentos de proteção para segurança no trabalho em altura, é importante saber quais são os principais tipos e suas maiores utilidades. Confira abaixo!

1. Cinturão de segurança tipo paraquedista

O cinturão é projetado para distribuir as forças de impacto de uma queda por todo o corpo do usuário e minimizar lesões. Possui pontos de ancoragem que podem ser localizados na região dorsal, peitoral, laterais e até na cintura, permitindo diferentes configurações de uso dependendo da atividade específica. Por isso, ele é indispensável para qualquer atividade que envolva risco de queda livre, como trabalhos em telhados, torres ou construções elevadas.

2. Talabartes

Os talabartes são ligações flexíveis que conectam o cinturão de segurança a um ponto de ancoragem fixo ou móvel. Existem dois tipos principais:

  • Talabarte I ou Y: ideal para movimentação vertical e horizontal, possui dois braços que permitem o usuário se ancorar em pontos diferentes alternadamente, que serve para garantir a continuidade da proteção mesmo em deslocamento.
  • Talabarte de Posicionamento: utilizado para manter o trabalhador em uma posição estática, liberando as mãos para o trabalho. É ajustável para permitir o posicionamento exato e seguro do usuário.

3. Trava-quedas

Protagonista no caso do trabalhador que teve a corda de proteção cortada, os trava-quedas é um EPI para trabalho em altura que se move livremente quando conectados a uma linha de vida (corda ou cabo) durante o trabalho, mas trava instantaneamente em caso de queda. Os principais tipos são:

  • Trava queda deslizante: acompanha o movimento do usuário ao longo de uma linha de ancoragem vertical ou inclinada, bloqueando imediatamente em caso de queda.
  • Trava queda retrátil: semelhante a uma trena, retraí-se automaticamente, minimizando a folga da linha, adequado para uso tanto em deslocamentos verticais quanto horizontais.

4. Capacete com Jugular

O capacete com Jugular é vital para proteger contra impactos diretos na cabeça e para evitar que o capacete se desprenda durante um impacto ou movimento brusco. A jugular garante que o capacete permaneça no lugar, algo de extrema importância em alturas onde o vento ou movimentos podem deslocá-lo.

5. Óculos de segurança

Protegem os olhos de partículas em suspensão, impactos mecânicos, radiação solar e outros riscos ambientais. Para trabalhos em altura, é recomendável que os óculos tenham proteção lateral, resistam a embaçamento e filtrem UV, assegurando clareza visual e segurança contra elementos externos.

6. Luvas de segurança

Variam conforme o risco específico da atividade, mas podem oferecer proteção contra cortes, abrasão, perfurações e impactos. Importantes para garantir o manuseio seguro de ferramentas e materiais, também podem ter características isolantes contra eletricidade ou ser impermeáveis para trabalhos em condições úmidas ou oleosas, por exemplo.

7. Calçados de segurança

Fundamentais para proteger os pés contra impactos de objetos pesados, perfurações através do solo ou da estrutura onde se trabalha. Devem ter solas antiderrapantes para evitar escorregões, além de suporte para o arco e tornozelo, que aumentam a estabilidade em superfícies irregulares ou inclinadas.

O caso chocante de Curitiba, onde um trabalhador quase perdeu a vida devido ao corte de sua corda de segurança, embora extremo, nos lembra que a vida dos profissionais que atuam em altura está em risco constante. Por isso, é essencial seguir à risco as orientações da NR-35 e investir em treinamentos especializados para o time, pois isso pode salvar vidas e evitar tragédias!

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