Como está o ensino EAD durante a pandemia e qual será o seu futuro?

O Ensino à Distância (EAD) no Brasil vinha crescendo antes da pandemia. Segundo dados da Associação Brasileira de Ensino à Distância (ABED), havia cerca de 1,8 milhões de alunos cadastrados em cursos na modalidade EAD. A expectativa é que esse número ultrapassasse os 2 milhões até 2023.

A questão é que com a pandemia e com o fechamento das escolas e universidades para evitar a contaminação, é bem provável que a marca de 2 milhões de alunos matriculados em cursos EAD seja alcançada antes do previsto. 

A explosão dos cursos à distância durante a pandemia

No Brasil, apenas cursos do nível universitário estavam aptos a praticar a modalidade EAD. Tanto é que há diversas universidades nesse estilo. Porém, o ensino fundamental e médio podia apenas ser praticado de forma presencial. 

Com o surgimento da pandemia, e com os alunos em casa sem estarem estudando, o governo liberou uma medida provisória que autoriza aulas à distância para o ensino fundamental e médio. Assim, os alunos não serão tão prejudicados por conta da proibição de aulas presenciais.

Isso fez com que as escolas, professores e alunos tivessem que se adequar ao novo formato de ensino. Muitas não tinham suporte para tal e precisaram utilizar sistemas de ensino virtual (LMS) de outras instituições. E os próprios professores tiveram que se adequar de forma rápida ao novo modelo de ensino.

Mas não é só isso. Com a pandemia vimos crescer o número de propagandas a respeito dos cursos EAD. Tanto que muitas instituições que oferecem esses cursos, os disponibilizaram de forma gratuita no início da pandemia como forma de incentivar as pessoas a ficarem em casa e também para entretê-las, já que elas também não poderiam trabalhar por conta do isolamento. 

Dessa forma, muitas pessoas tiveram acesso a cursos online gratuitos. Isso fez com que mais pessoas pudessem testar esse modelo de ensino que ainda é tão envolto de pré-conceitos.

Ensino EAD

Escolas que já utilizavam LMS tiveram mais facilidade

Por conta do governo liberar o ensino à distância para os alunos do fundamental e médio, as escolas que já utilizavam um sistema online de ensino (LMS) se saíram melhor. Dessa forma, foi preciso apenas treinar os professores para a nova modalidade. 

O LMS é um sistema online de ensino que permite criar conteúdo, organizar os cursos, matricular alunos e até avaliar o desempenho dos estudantes. Dessa forma, os professores podem criar seus materiais de ensino em formato de videoaula, texto e imagens para cadastrar no software. E os alunos matriculados têm acesso individual à plataforma para estudarem e fazerem as atividades, bem como avaliações. 

Além do mais, há outras ferramentas que podem ser disponibilizadas em um LMS, como fóruns, webconferência, chat, testes com resultados instantâneos, entre outras. Dessa forma, o LMS é essencial para o ensino EAD. 

As escolas que já tinham um sistema desse em uso não precisaram de muito esforço para colocá-lo em uso pelos professores. Afinal, algumas instituições educacionais, além de oferecer o ensino fundamental e médio, também dispõem de cursos técnicos. Os cursos técnicos podem ser ministrados no formato EAD. Nesse caso, foi preciso apenas o treinamento dos professores e alunos que ainda não utilizavam o LMS. 

Ao comparar isso com as escolas públicas que nunca precisaram de um sistema de ensino à distância, fica mais claro quem passou mais trabalho para se adaptar à nova realidade, porque nem os gestores tinham experiência no assunto no caso das escolas públicas.

Ensino EAD

O que vai ser do EAD após a pandemia?

Por conta da pandemia o esperado é que o ensino EAD cresça mais rápido do que o esperado. Afinal, por conta dos cursos que foram disponibilizados de forma gratuita, muitas pessoas puderam testar esse formato de estudo. 

Além disso, as pessoas que ficaram em quarentena em casa e quiseram aprender algo novo também tiveram essa oportunidade por meio dos cursos online pagos. Dessa forma, elas puderam ver que o pré-conceito de que o ensino à distância é ruim e de que só o presencial é bom é um mito. 

A qualidade do ensino independe do formato presencial ou EAD. O que é preciso levar em conta na hora de avaliar a qualidade é o conteúdo ensino e a forma que a aula é ministrada. É claro que há cursos que é preciso ter aulas práticas presenciais, mas em sua maioria, o ensino EAD supre as necessidades.

Como muitas pessoas tiveram acesso aos cursos online durante a quarentena, é mais provável que o formato EAD cresça mais rapidamente do que o esperado até 2019. Além disso, por meio das aulas online é possível ter mais flexibilidade quanto ao horário do estudo, uma vez que o curso está disponível 24 horas por dia. Dessa forma, quem tem um trabalho e outros compromissos não precisa moldar a sua agenda para o curso, mas sim encaixar o estudo nos horários disponíveis. 

Outro ponto positivo dos cursos EAD é que se o curso que você quer fazer só tem disponível em outro estado, não é preciso se mudar para estudar. Os cursos EAD possibilitam que os alunos estudem sem sair de casa, mesmo que o curso seja de outro estado ou país. 

Como pudemos ver, o que se espera é um crescimento da procura por cursos online e, por consequência, da disponibilidade de cursos nesse formato de ensino. Afinal, durante a pandemia o formato EAD ganhou bastante visibilidade e foi a solução para muitas pessoas que queriam continuar estudando ou aprender uma profissão nova. 

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